sexta-feira, março 25, 2005

DIA/NOITE MUNDIAIS DAS PUNHETAS

Hoje em dia há dias para tudo, como se não bastasse haver já Domingo, Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta e Sábado. E depois também há as noites. Noites de Sexta-Feira e Sábado com a malta toda a sair de casa pra tomar uns copos ou ir, simplesmente, ao cinema, entre a profusão de jantares de amigos e pseudo-amigos e estranhos conhecidos...
Depois pra quem é casado ou vive em pecado (sempre gostei mais desta definição), há também o dia de visitar os sogros ou os familiares, que a morte demora a chegar e não leva esta gente inoportuna toda duma vez. Pelo meio há os dias de ir ao hipermercado encher a dispensa, levar os filhos ao médico ou nós próprios que não somos de ferro e acabamos por ter falhas de funcionamento ao longo da vida (era tão bom um gajo ser cibernético, mesmo que tivesse um prazo de validade como as latas de atum. Ao menos, enquanto cá andasse não sentia nada e podia cometer excessos todos os dias sem sentir o corpo e as suas partes a reclamar).
Também há os dias de ir à Escola, pra quem tem filhos (sempre disse que para mal do Mundo, não iria deixar nenhum testemunho genético da minha breve passagem pela Terra. Percebo aqueles que entendem um filho como um "EXEGI MONUMENTUM", mas eu próprio sou o meu monumento) ou de os levar a não sei onde, que eles têm vida e autonomia que interfere com a nossa...
Depois há os dias de casamentos, baptizados e de visitar não sei quem que já não vemos há não sei quanto tempo e que até nos dava uns sorrisos, partilhavamos alguns pensamentos mais ou menos estruturados e íntimos.
Ou seja: um gajo quase que não tem tempo pra poder estar consigo próprio, sossegado e em silêncio. E quando lá descobrimos uma nesga de tempo pra não fazermos que não seja ouvir o silêncio, lá vêm as Televisões e os Jornais lembrar que hoje é o DIA DA POESIA ou o DIA DA ÁGUA. E quando não há um destes dias, eles lembram-se logo de assinalar qualquer coisa, seja o 11 de Setembro, o 11 de Março ou a chegada da América à Lua.
E ninguém fica incólume a estes dias todos. Nem eu. Por isso decidi criar um Dia. O DIA/NOITE (que comigo isto tem de ser sempre a abrir) da MASTURBAÇÃO. Ainda estou reticente em empregar o termo DIA/NOITE DA MASTURBAÇÃO ou DIA/NOITE DAS PUNHETAS. Prefiro a segunda versão, por mais ordinária, evidentemente. Nestas coisas os termos clínicos não provocam tesão. É como um gajo dizer à gaja que está À SUA FRENTE de joelhos: QUERIDA CHUPA-ME O PÉNIS TODO ATÉ AOS TESTÍCULOS. Quer dizer, não dá, parecemos uns médicos ou sociólogos a falar. O que provoca mesmo ardor no cerébro e no corpo é dizer: QUERIDA CHUPA-ME O CARALHO TODINHO ATÉ AO FIM, TOMATES E TUDO, TU BEM SABES QUE GOSTAS...
A MASTURBAÇÃO deve ser assinalada mundialmente. Calculo que não haja um estudo sério sobre este riquíssimo tema mas aposto a minha alma que por dia/noite uns bons 30% da população mundial bate umas valentes PUNHETAS (PENA ESTE TERMO SER TÃO MASCULINO, sendo que elas também não fogem a esfregar loucamente o grelo, havendo umas que ainda vão mais longe enfiando uns dildos e afins na CONA.
E por causa da importância que têm para os equilíbrios/desiquilíbrios psíquico-físicos que esta individual prática acarreta, sincermente acredito que o "KOFI ANÃO" deveria propror a instituição deste dia já agendado pra a reforma da ONU.
Mas, enquanto a ONU, via OMS, não se DECIDE nós portugueses deveriamos dar o exemplo, tal como o fizemos quando demos «NOVOS MUNDOS AO MUNDO».E por causa da minha grande experiência e vasto currículo nesta matéria (sou capaz de bater 4 punhetas por dia, ainda, e já passei dos 35) proponho que me convide pra presidente do Comité de Festas do DIA/NOITE DAS PUNHETAS. Vá toca a levantar o mastro...
EMANUEL BENTO
PS: Prometo pra breve uma Poema sobre a "ARTE MASTUBATÓRIA"